A solução das alterações climáticas está nas nossas terras

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É essencial reconhecer aos camponeses e às comunidades indígenas o controlo sobre os seus territórios. Só assim poderemos enfrentar a crise climática e alimentar crescente que vive a população mundial.

No momento em que os governos convergiam na Conferência sobre Alterações Climáticas da ONU em Lima, no Perú, o brutal assassinato do ativista indígena peruano Edwin Chota e de outros três homens do povo ashanika no passado mês de setembro realçaram a relação entre deflorestação e direitos indígenas. A verdade é muito clara e está à vista: a maneira mais eficaz de prevenir a deflorestação e os impactos climáticos é reconhecer e respeitar a soberania dos povos indígenas sobre os seus territórios.

Os violentos conflitos agrários no Perú também fazem sobressair outro assunto de igual importância para a crise climática e que já não se pode ignorar: a concentração de terra nas mãos de umas quantas pessoas.

É imprescindível reconhecer aos camponeses e às comunidades indígenas o controlo sobre os seus territórios. Só assim poderemos enfrentar a crise climática e alimentar face à crescente população mundial.

No Perú, as pequenas quintas, com menos de 5 hectares, representam 78% de todas as quintas no país, mas ocupam menos de 6% das terras agrícolas. Esta figura perturbadora reflete a situação global. Globalmente, as pequenas propriedades representam 90% de todas as quintas, mas ocupam menos de um quarto das terras agrícolas. Isto são más notícias para a crise climática.

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